Conheça o projeto Ser Âmica, que leva arteterapia a jovens da periferia de São Paulo

por | jun 9, 2021 | Cultura, Educação, Pessoas & Ideias | 0 Comentários

Projeto Ser Âmica leva arteterapia, desenvolvimento artístico e fonte de renda a jovens da periferia paulistana.

Em tempos de tantas incertezas, a arte mostra ainda mais a sua importância e o seu valor. O projeto Ser Âmica realiza oficinas profissionalizantes de cerâmica com adolescentes em situação de vulnerabilidade social – moradores de Artur Alvim e região, na zona leste de São Paulo. Os trabalhos são apresentados em exposições e vendidos nas redes sociais, e o valor é revertido a cada jovem autor da obra. São copos, xícaras, pratos, vasos e enfeites para toda a casa, desenvolvidos de forma autoral e com design sofisticado.

 

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

 

“Criei o projeto em 2007 com o desejo de levar a arte e a cerâmica aos menos favorecidos. Sou artista plástica de formação com especialização em Arteterapia. Antes de pensar nas vendas, os jovens fazem um percurso de oficinas arteterapêuticas para que possam resgatar suas histórias de vida e sua autoestima para promover o autoconhecimento”, conta Nany Mota, professora e fundadora do Ser Âmica.

Durante a pandemia, as oficinas com todos os alunos foram paralisadas, mas monitores se revezam para dar continuidade ao trabalho. “Temos hoje três jovens atendendo as encomendas. São os monitores Daniel, Nayara e Isabel. O projeto dá a oportunidade ao jovem que se destaca na produção do ano anterior, com bom desempenho escolar e técnico nas oficinas, além do comportamento altruísta em relação aos colegas.”

 

Nanny Mota com alunos do projeto "Ser Âmica" - Foto: Divulgação

Nanny Mota com alunos do projeto “Ser Âmica” – Foto: Divulgação

 

Alguns adolescentes que passaram ou estão no Ser Âmica têm no projeto a principal fonte de renda familiar. “A liberdade que eles sentem ao trabalhar com cerâmica é o caminho de seu desenvolvimento. Alguns ultrapassam os limites do projeto e fazem cursos externos para aprimorar as técnicas. Hoje, já temos ex-alunos trabalhando em ateliês de artistas renomados”, diz.

Nany está cursando doutorado e mostra em sua pesquisa como jovens que chegaram desacreditados, sem estrutura familiar em casa, puderam vencer suas angústias por meio da arte. “O barro, que é visto como algo que suja, limpa a alma desses adolescentes”, reflete.

As encomendas das peças podem ser feitas no Instagram e no Facebook do projeto.

 

Peças desenvolvidas pelos alunos do projeto. - Foto: Divulgação

Peças desenvolvidas pelos alunos do projeto. – Foto: Divulgação

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