Como serão os voos no futuro?

por | jul 2, 2020 | Aviação, Coluna | 0 Comentários

A pandemia e as quarentenas trancaram muita gente em casa por três meses ou até mais. Só que muitos querem, precisam e vão viajar. Mas como serão essas viagens? Muita coisa vai mudar, com certeza. 

Os aeroportos vão adotar cada vez mais procedimentos touchless, sem que você precise tocar em nada, com mais comandos por voz e mais robôs se ocupando da sua interação com a companhia aérea na hora do check in. Dispensers com álcool em gel, termômetros infravermelhos (que medem a temperatura à distância) e oxímetros estarão em todo lugar. O aeroporto vai parecer um laboratório de exames clínicos, mas nem assim os assintomáticos serão detectados. 

No embarque e na hora da imigração, medidas de distanciamento serão incrementadas e uma boa providência que algumas companhias estão tomando é criar aqueles túneis de desinfecção, onde os passageiros passam por uma névoa de produtos esterilizantes. 

Dentro do avião, todo mundo permanecerá usando máscaras, e a tripulação deve ter indumentárias ainda mais seguras, como aventais, luvas e echarpes de material antimicrobiano. Ao contrário do que muitos pensam, o ambiente dentro de uma aeronave não é “um bufê de vírus”: elas são equipadas com filtros e circuladores de ar que renovam 99,9% do oxigênio das cabines, eliminando todo tipo de micróbios em suspensão. 

Uma empresa de design italiana desenvolveu peças de acrílico que proporcionam um maior isolamento entre quem está sentado em uma poltrona e seu vizinho, mas é pouco provável que essa proposta (foto) seja adotada: o uso obrigatório de máscaras faciais de tecido é muito mais eficaz. 

Foto divulgação

Cada passageiro fará sua refeição em uma hora diferente, enquanto os vizinhos seguem protegidos. Isso evita que todos tirem suas máscaras ao mesmo tempo. Revista de bordo ninguém mais vai querer tocar, a não ser que ela venha novinha e ensacada para ser manuseada pela primeira vez. O banheiro deve ser usado apenas em casos de extrema necessidade, e precisará ser totalmente higienizado a cada visita. 

Bem-vindos ao novo normal e boa viagem!

Radar

Fora do ar 
Por causa da pandemia, algumas empresas aéreas que já estavam em situação financeira complicada acabaram encerrando suas atividades definitivamente. Esse é o caso da FlyBe (uma das maiores do Reino Unido), a South African, a Avianca e a Virgin Australia. Segundo especialistas, a recuperação do setor só deve ocorrer no segundo semestre de 2021 ou a partir de 2022.

Virgin again 
A Virgin Atlantic, que em março começaria a voar de Londres/Heathrow para São Paulo/Guarulhos, depois adiou a estreia para outubro, agora anunciou que não vai mais operar nessa rota.

Montanha ru$$a 
Agora que a demanda está baixa, as companhias aéreas oferecem promoções e preços atraentes para incentivar as pessoas a voltarem a viajar. Mas lá na frente essa situação deve se inverter. Com suas frotas reduzidas, a expectativa é que, em breve, o aumento da demanda pressione os valores para cima. Foi assim após os atentados de 11 de setembro. Segundo a Dollar Fight Club, em um primeiro momento os preços das passagens despencaram 18%, mas no período seguinte subiram 25%.

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