A mobilidade urbana e o retorno à escola

A mobilidade urbana e o retorno à escola

O transporte ativo e a aprendizagem ao ar livre têm um papel importante no planejamento da reabertura de cada escola.

O controverso retorno às aulas presenciais nas escolas envolve não só protocolos de segurança sanitária, como distanciamento entre os alunos, medidas rígidas de higiene e preferência por atividades ao ar livre, mas também questões importantes ligadas à mobilidade urbana. Afinal, como os estudantes devem ir e vir da escola? Já que o uso do transporte coletivo está em revisão nesses tempos, qual seria a melhor forma de se mover? 

A resposta diz respeito a mais simples, saudável, econômica e sustentável forma de locomoção: o transporte ativo, ou seja, a caminhada e a bicicleta. Caminhando ou pedalando, a criança e o jovem mantêm a distância necessária nessa fase, se exercitam e ainda contribuem para melhorar a nossa qualidade do ar, que é péssima em grandes cidades brasileiras, como São Paulo. 

Projeto Green Schoolyards, nos EUA, com aulas ao ar livre

A questão é que nem sempre é possível manter a mobilidade ativa, especialmente quando as distâncias são grandes. O princípio da “cidade de 15 minutos”, criado pelo cientista franco-colombiano Carlos Moreno – em que os moradores têm acesso a tudo o que precisam a apenas 15 minutos de caminhada – está longe de ser considerado por aqui.  

No modelo desenvolvido por Moreno, que trabalha na Universidade Paris 1 Panthéon Sorbonne, em vez da cidade com uma única região central, a urbanização deve ser feita com “centros” nos variados bairros, que contam com serviços de saúde, de educação, comerciais, industriais e administrativos. Isso reduz o tempo de deslocamento e facilita a vida das pessoas. 

Se aqui essa ideia parece utópica, lá fora já é uma realidade. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, encampou com tudo a tese de Moreno. Além de ampliar as calçadas e aumentar a rede cicloviáriaela estimulou as escolas a se equipar com paraciclos e bicicletários para acolher os alunos que vão pedalando. 

No Brasil, temos vários grupos e instituições que trabalham para melhorar a mobilidade urbana de crianças e adolescentes, especialmente nesse período crítico. O Carona a Pé, criado há cinco anos pela professora Carolina Padilha, que se inspirou em outros programas similares que acontecem ao redor do mundo, estimula a caminhada à escola junto com pais e professores – uma forma de despertar adultos e crianças para a importância de andar a pé e construir uma nova relação com a cidade onde vivem.  

“Nesse período pós-pandêmico isso é ainda mais urgente, pois permite o isolamento necessário para conter a contaminação do vírus e tornar a mobilidade das cidades mais eficientes”, diz Carolina Padilha. Além disso, ela destaca, “o caminhar de uma criança é sempre cheio de descobertas, aventuras, aprendizados e uma maneira de se aproximar da natureza nas grandes cidades. Uma cidade boa para as crianças é uma cidade boa para todo mundo 

Com o intuito de colaborar com o planejamento da reabertura das escolas quando houver condições sanitárias seguras, o programa Criança e Natureza, em parceria com outras instituições, vem discutindo com especialistas de diversas áreas as contribuições que a aprendizagem ao ar livre traz para a retomada das aulas presenciais. A ONG defende a educação para as crianças em espaços abertos, que, além de evitar o contágio da Covid-19, ajuda a reconectar os alunos à natureza, com reflexos positivos em seu desenvolvimento integral e saudável. Segundo estudos, o resultado da privação da vivência da criança e do adolescente em espaços abertos e naturais provoca efeitos sobre sua saúde e desenvolvimento. Obesidade, sedentarismo, baixa motricidade e até miopia são alguns dos efeitos relacionados à restrição de circulação e movimentação em áreas ao ar livre na infância e adolescência. 

Viagens de isolamento sem estresse

Viagens de isolamento sem estresse

Hotéis no campo e na praia se abrem para famílias interessadas em cumprir a quarentena de uma forma mais ‘relax’, unindo comodidade e diversão longe do estresse.

 

FOTO GETTY IMAGES

 

Enquanto a vacina não chega, as empresas ainda recomendam o trabalho remoto para muitos de seus executivos e as escolas não estão 100% prontas para oferecer aulas presenciais às crianças, então muitas famílias estão unindo o útil ao agradável e cumprindo o isolamento social em hotéis e resorts.

Em grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, os hotéis convertem quartos em escritórios e oferecem o serviço de “room office” para quem quiser se isolar para trabalhar com toda comodidade. Nos estabelecimentos à beira do mar e no interior, mais em contato com a natureza, a tendência dos quarenteners foi rebatizada como “resort office”.

TIROLESA DO VILLA ROSSA, EM SÃO ROQUE

Depois de meses trancados em casa, estressados, cansados de encarar os trabalhos domésticos e de descontrair apenas com diversão via TV ou computador, as pessoas estão saindo da toca e – com todo o cuidado que o momento exige – aproveitando a baixa ocupação e as vantagens oferecidas por hotéis-fazenda e balneários que funcionam não muito longe de seu lar.

Com um wi-fi bom, tanto faz se você está trabalhando na biblioteca da sua casa ou na varanda do seu quarto de hotel, com vista para uma paisagem inspiradora ou a poucos metros da areia da praia. O importante é que você esteja conectado e bem de saúde. E hospedar-se com a família longe de casa tem ainda outras várias vantagens. Em grande parte dos prédios, muitas piscinas, academias e demais áreas comuns ainda estão interditadas ou com uso limitado. Nos hotéis e resorts, essas atrações estão abertas e funcionando com todos os protocolos sanitários apropriados. Além disso, no hotel você não tem que cuidar da limpeza e da arrumação do seu apartamento, não precisa cozinhar e nem lavar louça. Todas essas tarefas são executadas por um staff devidamente paramentado e respeitando as medidas de descontaminação mais adequadas.

O CAPRICHADO CAFÉ DA MANHÃ DO VILA INGLESA

E, enquanto os pais trabalham – cada um em um ambiente, sem ter de dividir o mesmo espaço – a garotada gasta suas energias, se diverte e é cuidada por uma equipe de monitores treinados para evitar atividades com contato físico. Quando o horário de trabalho termina, a família pode se reunir para nadar, brincar, praticar esporte ou simplesmente descansar. O estresse do confinamento é minimizado, todo mundo fica mais descontraído o e a confraternização com a família flui de uma forma mais agradável.

“Muitos resorts estão faturando com essa nova oportunidade que surgiu por causa da pandemia. Durante a semana, as tarifas estão, em média, 40% inferiores daquele valor que era cobrado em setembro do ano passado. Nos fins de semana [de sexta a domingo], a queda nos preços é um pouco menor, de cerca de 25%”, avalia Marcos Destro, que possui 28 anos de experiência de Viagens Corporativas. Ele avisa que, para longas estadias, de 15 ou 20 dias, é possível conseguir condições ainda mais vantajosas em vários hotéis, mas para isso é fundamental a participação de uma agência. “Aqui na Líder Corp, fazemos negociações desse tipo todo dia. Sempre buscamos tarifas que sejam razoáveis para o hotel e para nossos clientes”, explica. Para contatar a Líder Corp, acesse http://www.lidercorp.com.br/.

No estado de São Paulo, a agência trabalha com resorts como o Villa Rossa (de São Roque), o Hotel-Fazenda Mazzaropi (Taubaté), o Sofitel Jequitimar (Guarujá), o Mavsa Resort (Cesário Lange), o Hotel Vila Inglesa (Campos do Jordão), o Eco Resort Refúgio Cheiro de Mato (Mairiporã), o Hotel Resort Recanto do Teixeira (Nazaré Paulista), o Villa Santo Agostinho (Bragança Paulista) e o Bourbon Resort e o Tauá Hotel – ambos em Atibaia. Em Minas Gerais, fica outra unidade da rede Tauá, o Tauá Grande Hotel Termas, de Araxá.

RECREADOR DO TAUÁ ATIBAIA APLICANDO ALCOOL EM GEL NUMA CRIANÇA

Por falar nos hotéis da rede Tauá, o de Atibaia acaba de instalar em suas tubulações de ar-condicionado um sistema de purificação de ar com tecnologia Photohydroionization, que utiliza luz ultra-violeta para eliminar bactérias, vírus, fungos. Além disso, todos os quartos são desinfectados com ozônio ao serem desocupados. No Mavsa Resort, mesmo não sendo na beira do mar, tem a água como destaque. Além de toboáguas e piscinas (uma aquecida), tem um lago para stand up paddle, passeios de caiaque ou pedalinho e até pescaria. Já no Sofitel Jequitimar, a grande atração para a garotada é a Praia de Pernambuco, a poucos metros dos apartamentos. Para os adultos, tem ainda três bares, sauna e salas de reuniões de todos os tamanhos.

SALA ÁREA COMUM DO HOTEL-FAZENDA MAZZAROPI

Para quem prefere o ar da montanha, as dicas são o Hotel Vila Inglesa e o Villa Rossa. Instalado em uma das vizinhanças com natureza mais exuberante de Campos do Jordão, o Vila Inglesa tem gastronomia caprichada para os adultos e bikes, circuito de arvorismo e oficina de artes para as crianças. Já o Villa Rossa, em São Roque, tem casinhas de campo privativas com piscina e lareira, e uma equipe de recreação sempre a postos, com brincadeiras, parede de escalada e tirolesa para a criançada se jogar, literalmente.

Por fim, no Mazzaropi, eleito por oito vezes o melhor hotel-fazenda do país, a criançada tem quatro piscinas e atividades rurais para se entreter, como curral para tirar leite de vaca e cavalos para passeios pela região.

 

A nova era dos festivais de música é dentro de casa

A nova era dos festivais de música é dentro de casa

É tempo de acompanhar os festivais de música ao vivo através das telas. E a variedade de opções é vasta.

Woodstock. Todos sabem o que foi. O mais icônico festival da cultura hippie, da paz e do amor abraçado pela música. É uma referência, é memória afetiva de quem foi, é sonho de que nem havia nascido. Por isso vários outros festivais buscam repetir aquele clima de utopia e liberdade. Tivemos aqui, por exemplo, o Festival de Iacanga que, recentemente, virou um documentário incrível já disponível na Netflix. Vale a pena. Até João Gilberto foi. Um grupo de amigos, uma fazenda, um pai muito bacana que topou a brincadeira, e um desejo enorme de encontro.

No Brasil, os festivais são na sua maioria de música independente. Estão espalhados por este país continental. Para lembrar de alguns: em Pernambuco tem o No AR Coquetel Molotov; no Pará, o Se Rasgum; em Goiania, o Bananada, no Rio Grande do Norte, o Festival do Sol; no Maranhão, o BR 135. E em São Paulo tem o Popload e o Coala.

 

Uma delícia correr esse circuito e conhecer música nova, local, diferente. Agora na pandemia, alguns desses festivais estão online. O Coquetel Molotov fez uma edição incrível. Você pode acompanhar programações no site de eventos Sympla, assistir, contribuir, manter a roda girando nesse chamado ecossistema da cultura e da música.

O primeiro a sair foi um festival emergencial chamado FicaEmCasa e que foi inspirado por uma iniciativa semelhante em Portugal. Foi bem no começo do isolamento no Brasil e foram dias, centenas de artistas, muitas horas no ar, cada um de sua casa em todos os cantos do país. Foi lindo.

A Casa de Francisca começou uma série de espetáculos dirigido por cineastas. Um luxo! O cenário da casa é maravilhoso e as pequenas equipes de cinema, com todos os cuidados, fazem a fotografia, a luz, o corte, e fica maravilhoso. Tivemos Tulipa Ruiz em preto e branco com direção de Lais Bodanzky e Siba com direção de Lô Politi. Ao vivo. O público em casa e com venda de ingressos para o mundo todo, especialmente para o Japão que ama nossa música. É possível acompanhar as novas programações e as reprises no site.

Eu fiz a experiência de assistir na tela da TV e foi muito bacana fazer todo o ritual, abrir um vinho, aumentar o som, comentar com amigos também conectados.

É diferente, sem dúvida. Muito longe de Iacanga e Woodstock, mas tem música, tem arte, tem vida. Ouvir música faz bem. Assisti-la sendo feita ao vivo é ainda melhor. E a criatividade não tem limites. Que a tecnologia seja cada vez mais acessível para que a arte e a educação cheguem para todos.

A música brasileira merece esse cuidado. Nós também.

Hotéis de alto padrão no Brasil iniciam o processo de reabertura

Hotéis de alto padrão no Brasil iniciam o processo de reabertura

Com medidas de sanitização e distanciamento social, os hotéis de alto padrão no Brasil reabrem aos poucos

Ponta dos Ganchos

Governador Celso Ramos, SC – Aberto desde 30/07

Com apenas 25 bangalôs isolados entre si, Ponta dos Ganchos é conhecido pela privacidade e distanciamento oferecido a seus hóspedes. O traslado dos passageiros é realizado com veículos privativos, que são higienizados a cada viagem. O hotel ainda se preocupou com a ampliação do serviço de quarto. Os cardápios são fornecidos por meio da tecnologia QR Code. Assim, é possível conferir as opções gastronômicas nos dispositivos pessoais. Até 31/10, reservas a partir de três noites (de quinta a domingo) terão jantares cortesia. O menu é preparado pelo chef José Nero, que prepara refeições com ingredientes sazonais da região, além de opções orgânicas colhidas na horta da propriedade. pontadosganchos.com.br

 

 

Txai 

Itacaré, BA – Aberto desde 14/08 

 Conhecido pelos serviços de alto padrão, o resort conta com apenas 3% de área construída em 93 hectares. A nova fase permite ocupação máxima de 80 hóspedes no hotel. Antes mesmo da chegada deles, o hotel coleta informações para o preparo prévio do minibar dos bangalôs, checa o histórico de saúde e viagens prévias. Todas as bagagens passam por sanitização ainda no aeroporto de Ilhéus e os traslados são realizados com uma família por veículo. Já os funcionários passaram por treinamentos, têm temperatura aferida diariamente e chegam ao trabalho em veículos próprios da propriedade, prática já adotada anteriormente. txairesorts.com 

 

 

 

 

Palácio Tangará  

São Paulo, SP – Reabertura em 17/09 

 O hotel planeja sua reabertura para meados de setembro. Para garantir a segurança dos hóspedes, a propriedade se uniu ao Hospital Albert Einstein para definição e validação de protocolos operacionais de limpeza e sanitização. Os hóspedes poderão contar com displays de álcool em gel em todas as áreas comuns, assim como receberão máscaras personalizadas, de uso obrigatório em áreas comuns. Clientes e funcionários terão suas temperaturas aferidas no momento de chegada ao hotel. Bagagens passarão por processo de sanitização. Para os restaurantes, os menus disponibilizados serão digitais, por meio de aplicativo, espaços abertos e distanciamento de pelo menos 1,5 metro entre as mesas. palaciotangara.com  

 

 

Tivoli Ecoresort Praia do Forte 

Mata de São João, BA – Reabertura em 01/09 

O hotel, membro da Coleção L.V.X. da Preferred Hotels & Resorts, reabre com o programa Feel Safe at Tivoli, que compreende dez linhas de atuação que incluem processo de purificação de ar e água. A arquitetura da propriedade já preza pela boa ventilação. Somado a isso, houve a redistribuição de mobiliário nas áreas comuns. O hotel ainda passa a oferecer um serviço de aconselhamento chamado City Connection, que informam sobre unidades de saúde, serviços seguros de alimentação e bebidas e maneiras seguras de aproveitar os atrativos da região e serviços de locomoção. tivolihotels.com 

 

 

 

Etnia Casa Hotel  

Trancoso, BA – Aberto desde 23/07 

 A propriedade, que conta com apenas 7 casas em um terreno de cerca de 7 mil metros quadrados, foi a pioneira na hotelaria brasileira a inserir o protocolo de higienização Fog in Place. Trata-se de um sistema de sanitização que dispersa uma névoa 100% atóxica, inodora e seca que cobre todas as superfícies com uma nano película de inativação de bactérias e vírus, entre eles o Sars-CoV-2, o novo coronavírus. Para os hóspedes, o hotel adota check-in antecipado. Já as vilas têm um intervalo entre hospedagens de, pelo menos, 72 horas. O mesmo acontece com itens do minibar, que tem um intervalo de manipulação de 72 horas entre a reposição e a chegada dos hóspedes. etniabrasil.com.br 

 

 

 

Dono do renomado “Casa do Porco” fala sobre todos os processos para servir a melhor carne suína

Dono do renomado “Casa do Porco” fala sobre todos os processos para servir a melhor carne suína

Nascido em São José do Rio Pardo, a 258 quilômetros da capital paulista, Jefferson Rueda lembra do porco no quintal de casa, que por muitas vezes era o jantar de toda a família. Cozinha e decide o cardápio desde criança. Dono do renomado Casa do Porco, no centro de São Paulo, e casado com Janaína Rueda, à frente do Bar da Dona Onça, o chef ficou conhecido pela valorização e reinvenção dessa proteína animal na gastronomia brasileira.

Para ter controle da criação e da qualidade da carne suína que chega a sua cozinha, Jeffinho, como é conhecido, tem seu próprio sítio de onde vem o porco para seu restaurante. Na cidade natal, cultiva uma relação sustentável e autônoma nesse “templo do porco”, a 100 quilômetros Campinas.

 

29HORAS – Qual é a importância de criar a carne fornecida no próprio restaurante?

Jefferson Rueda – Nossos porcos vêm da região de São José do Rio Pardo, onde agora estamos montando alguns novos piquetes no Sítio Rueda. Eu acompanho todo o processo, da criação dos animais até a finalização dos pratos, da fazenda até a mesa. Então, posso servir carne de porco crua em um tartar porque eu sei a procedência, sei como o animal foi criado, sei que passou por inspeção. Eu cuido!

29HORAS – Você diria que, assim, é uma forma de oferecer uma carne mais sustentável e saudável?

Jefferson Rueda – Os porcos são criados soltos, vão aonde querem, dormem na sombra das árvores e comem do melhor. Eles recebem uma ração balanceada duas vezes ao dia e um complemento, também duas vezes ao dia, com legumes e soro de leite. Os porcos que assamos na Casa do Porco têm 120 quilos, são animais adultos, formados. Não servimos leitão. Além disso, a gente aproveita o animal completo, do focinho ao rabo, não perde nada.

 

 

29HORAS – Quais raças de porcos são criadas no Sítio Rueda?

Jefferson Rueda – São diversas raças caipiras. Resgatamos raças como Piau, Carruncho e Sorocaba, entre outras.

29HORAS – Como foi a escolha de São José do Rio Pardo para abrigar o sítio?

Eu nasci e cresci em São José do Rio Pardo. Foi lá que eu aprendi a fazer arroz com 7 anos de idade, e já comandava as panelas de casa aos 13, também onde aprendi a assar porcos inteiros ao ar livre com meu pai. O que eu faço na Casa do Porco, hoje, e que às vezes surpreende as pessoas, sempre fez parte do meu dia a dia. E comida, para mim, tem que estar cercada de história e geografia.

 

29HORAS – Como vocês passam os dias quando estão no Sítio Rueda?

Jefferson Rueda – Em Rio Pardo, vivemos na simplicidade que tanto gostamos. Fazemos banquetes em família, vamos ao Bar do Carlão comer torresmo e beber cerveja, cachaça… e cuidamos da criação de porcos, claro.